quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A mulher yoruba

A mulher  yoruba


Babalawo Ifagbayin Agboola

A figura feminina é muito discutida ao longo da historia, houve quem as considerasse bruxas e até mesmo seres inferiores; é interessante  a  evolução do raciocínio humano,em todos os aspectos;no tocante a cultura e a religião yoruba sobre tudo em nosso país ainda é necessário muita informação.

Abordaremos um assunto no mínimo polêmico: a mulher pode  ser cultuada como antepassado de forma individual?

Então responderei aos incrédulos e desinformados com o seguinte texto.


Sango:
Certa vez decidiu realizar culto à sua mãe morta. Ele não lembrava o nome dela, pois quando ela morreu  ele era ainda um bebê. Sua mãe era filha de Elémpé, um Rei Nupe, aliado de Ò r ò nmíy ò n, que entregou-lhe  a filha como esposa, nascendo então Sango.

 Este designou dois escravos, um do povo Tapa e outro do povo Haussa, que fossem à terra Nupe oferecer uma vaca e um cavalo em sacrifício à sua mãe, e recomendou que os escravos prestassem muita atenção ao nome de sua mãe que seria citado durante o sacrifício.

 Os mensageiros foram recebidos com alegria e festejos por Elempe, avô de Sango.

 O escravo Haussa esqueceu-se da ordem recebida e durante o sacrifício, o escravo Tapa prestou atenção quando o praticante do ritual disse: "Tòròsí ìyá gbódó, estamos prestando culto oferecido por seu filho Sango".

 Assim o escravo Tapa gravou o nome Tòròsí. Retornando, o escravo Tapa foi homenageado e recompensado, enquanto que o Haussá foi punido com cento e vinte cortes de navalha espalhados por todo o corpo.

As esposas de Sango acharam as cicatrizes belíssimas  e consideraram que tais marcas deveriam ser feitas nos membros da família real, como sinal de nobreza. Sango aceitando a opinião das esposas determinou que Olówala Bàbájegbe Òs ó n e Òru viessem fazer incisões em seu corpo,mas não suportou nada além de dois cortes longitudinais feitos um em cada braço, desde os ombros até os punhos, recebendo assim o título de Ak è y ò .

Quando resolveu tomar Ò y ó - kórò enviou o escravo Haussá até o Rei O l ó y ó - kórò para que exibisse tão belas cicatrizes. O Rei e seu ministros quiseram que as cicatrizes fossem feitas neles, e chamaram Òs ó n e Òru para fazê-las. Três dias depois que as cicatrizes tinham sido feitas , enquanto o Rei e seus ministros tinham o corpo dolorido Sango atacou e venceu.

Texto retirado do livro: A mitologia dos orisas africanos

Autor: Síríkù Sàlámì (king)
Editora : Oduduwa

A resposta é bem clara, algumas mulheres,sim, recebem culto como antepassado de forma individual.

sábado, 23 de outubro de 2010

ORISA FALA!

Autor: Babalawo Ifagbayin Agboola

Já faz muito tempo que eu desisti de visitar os barracões ,ver as festas as quais sou convidado,não por desconsiderar meus amigos que me convidam,mas na realidade porque quando volto à minha casa sinto um misto de tristeza e decepção ,porque em um passado não muito distante  os orisas falavam, e se comunicavam com as pessoas, deixavam recados que certamente contribuíam em  muito para a solução de nossos problemas .

O que teria acontecido com o passar dos anos ? Os orisas fecharam os olhos e ainda fecharam a boca .É natural que o orisa tenha um idioma de origem, o yoruba, mas  orisa é sabedoria  e o que  adiantaria um orisa falar somente yoruba em uma terra que se fala português?

Sempre os orisas se comunicaram com uma mistura das duas línguas para facilitar o entendimento. Por que agora deixaram de falar? Seria culpa dos sacerdotes que perderam como se faz o ritual da abertura de fala?Será  que esses novos sacerdotes já viram um tabuleiro repleto de comidas para tal ase?

Entrar em um barracão e ver um orisa de olhos fechados sendo conduzido para um lado e outro,saber que ele deixou de falar e que só vem ao mundo para dançar,me faz ficar em casa.Saber que os orisas em um passado não muito distante limpavam cozinhavam e orientavam como fazer ebós;saber que um orisa virava na rua e levava o filho para casa quando ele estava correndo algum perigo e, que nos dias de hoje ele só fica cuidando para não quebrar as plumas de sua roupa me deprimi.

Eu aprendi religião em uma casa que o orisa ia na rua buscar os cabritos do ritual,ajudava a segurar as galinhas e conversava com seus filhos por horas,com os olhos bem abertos como podemos comprovar com filmes e fotos ,coisa que ainda acontece na terra mãe.

Como sou muito jovem para me colocar como conhecedor,tento contribuir como testemunha da historia que está se transformando, e para que as pessoas não acreditem que tudo isso é fruto da minha imaginação segue anexo um texto do falecido professor Agenor Miranda,  um dos nomes mais respeitados da nação de ketu na historia moderna.

Palavras do professor Agenor:
Antigamente havia mais  humildade,mais fé e mais respeito ao orixá.Hoje não,quase só se vê vaidade e comércio.O axé está enfraquecendo.Talvez por essa razão os orixás do ketu não falem mais,em muitas casas,mas deveriam falar,se recebem o axé de fala.O erê  não fala? O próprio orixá não dá seu nome no barracão? Os santos dos antigos sempre falavam,ou em yoruba antigo ou para aqueles que não compreendessem  esta língua num português meio arrevesado. Só não falavam os orixás das pessoas que não eram feitas e que, por tanto ainda não tinham recebido o axé próprio.


Um vento sagrado: história de vida de um adivinho da tradição nagô-kêtu ... Pagina 58
 Por Muniz Sodré,Luís Filipe de Lima

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A consulta ao Obi tem mais de cinco caídas?

Babalawo Ifagbayin Agboola

A resposta é sim, estamos diante de um momento histórico.

Podemos mudar o rumo,de tudo que está acontecendo,é chegada a hora da recuperação do que foi perdido, mas para isso temos que estar dispostos.

Exemplos como esse do jogo de obi (fruto, que também serve como Oráculo) podem sim ser usados no nosso  país, que  ensina que o jogo de obi tem cinco caídas, poucos sabem que no obi existe partes masculinas e partes femininas.

O número de estórias inventadas em nossa religião é tão grande, que ainda existe quem acredita que embaixo da roupa de Baba egungun, não tem nada.

As nove caídas do jogo de Obi.

1. Ilera - 1 masculino: boa saúde, poder masculino, também trás o insucesso.
2. AJE -1 Feminino: o poder das mulheres traz prosperidade, mas uma manifestação negativa feminina  tem o poder de  bloquear a prosperidade .
3. Ejire - 1 masculino e 1 feminino:  harmonia entre o sexo masculino e feminino , sucesso em qualquer negócio.
4. Akoran -2 masculinos: determinação, manifestação negativa de disputas, conflitos.
5. Ero -2 femininos: paz, tranqüilidade e relaxamento, preguiça leva ao fracasso.
 6. Akita - 2 masculinos 1 feminino: sucesso após dificuldades mas a falta de entendimento pode levar ao fracasso. 
7. Obita - 2 femininos e 1 masculino: vitória e sucesso podem desaparecer..
8. Alaafia - Todos os quatro abertos: harmonia em todos os aspectos, uma vitória completa, as medidas devem ser tomadas para atingir o sucesso.
9. Oyeku - Todas as quatro partes estão fechadas  manifestação obstáculos e doença, até a morte.

Búzios para iniciante a dualidade  e o odu.


Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


A intenção, quando da criação desse texto chamado búzio para iniciantes, em nenhum momento foi de ensinar as pessoas como jogar;a idéia é falar sobre a dualidade e o odu.

Fato esse ignorado por muitos em nosso país.

 O ire(sorte aspecto positivo), e o ibi (aspecto negativo) de um mesmo odu deve ser extraído com muito cuidado por que só assim teremos a capacidade de interpretar a verdadeira mensagem contida no jogo.

Esse texto apresenta algumas características do ire  e do ibi constante em todos os odus. A idéia é chamar a atenção que um único odu não pode,como querem alguns, reunir todas as características positivas ou negativas existentes,como na atual  obara mania.

1-okanran    Esu,Sango
IRE- Novo caminho, oportunidade material, progresso.
 IBI- Medo, insegurança, impulsividade.
2-Eji oko    Ibeji,Iya mi
IRE-Nascimento, dualidade, inicio.
IBI-Morte,escuridão,desordem.
3-Ogunda   Ogun Osanyin
IRE-Profissão, construção,força.
IBI-Violencia,desastre,doença,brigas
4- irosun Ogun egun yemonja
IRE-Caminhos abertos, realização,ambição
IBI-Intranqüilidade ,inquietação,arrependimento.
5-Ose  Osun
IRE-Suavidade, ingenuidade , amor,riqueza,riqueza.
IBI- Ilusão, falta de foco, fofoca,curiosidade
6-Obara  Osala osoosi Sango
IRE-Sorte, paciência,habilidade,potencial.
IBI- Inveja, roubo, perda,inquietação.
7-Odi   Oloogun Ede,Osoosi, Esu
IRE-Liderança, persistência, sensibilidade
IBI- Polêmicas, problemas, brigas,traições
8- Eji Ogbe  Obatala,Ifa,yemonja,Obaluwaiye
IRE-Alegria, encanto,felicidade,grandeza,sucesso.,inicio.
IBI- Nervosismo, preguiça, altos e baixos.
9-Osa    Iya mi,Oya,Yemonja
IRE-Viagens, Espiritualidade, Família,mudança.
IBI- Falta de coragem, duvidas, depressão.
10-Ofun  Osala
IRE-Vitória, determinação, realização, paciência.
IBI- Lentidão, desânimo, fraqueza, fragilidade.
11-Owarin Oya Egungun
IRE-Pressa, poder ,  força,Otimismo,realização.
IBI- Perigo ,  acidente, ,violência.
12-Ejila (Iwori),Sango.
IRE-Emprego, dinheiro, negócios, política.
IBI- Avareza processos, loucura.
13- ika  Soponnan,iya mi,Nanã
IRE-Espiritualidade
IBI-  Perigos, doenças,feitiços,morte.
14-Oturupon  iya mi Obalwaiye
IRE- Espiritualidade,  vidência,intuição.
IBI- Doenças, fase negativa miséria.
15- Otura,(Ofun Okanran) Esu,Olookun
IRE- A capacidade de recomeçar rapidamente.
IBI- A falta de Iniciativa,desilusão,decepção.
16-Irete     Ifa,Soponnan,sociedade Ogboni.
IRE-Ligação  com a espiritualidade,o renascimento
IBI-O fracasso ,a morte.

As Folhas e os Orisas

As Folhas e os Orisas 

Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola

Da mesma forma como no oráculo de Ifá os (Odù) são organizados dentro de um sistema classificatório, no culto a Osanyin, os vegetais, também, estão inseridos nesse sistema, e devemos considerar o fato que o orisa assim como as folhas e outros elementos da natureza nascem de uma obra de Olodumare que nós identificamos como odu,essa é a razão por que a mesma folha servem a mais de um orisa.

Ábèbè Òsún = Erva Capitão
Abéré = Picão Preto
Ábitólá = Cambará
Àfòmón = Erva de Passarinho
Àgbá = Romã
Àgbàdó = Milho
Àgbaó = Imbaúba
Agbéye = Melão D'Água
Àgbon = Coqueiro
Àgogo = Figueira do Inferno
Àjóbi, Àjóbi Oilé, Àjóbi Pupá = Aroeira Comum, Aroeira Vermelha
Àjóbi Funfun = Aroeira Branca
Akan = Cará Moela
Akòko = Acoco
Jokonije = Jarrinha
Alékèsì = São Gonçalinho
Àlùbósà = Cebola
Àlúkerésé = Dama da Noite
Àlùmóm = Boldo Paulista
Àmù = Sete Sangrias
Apáòká = Jaqueira
Àrìdan = Aridan
Àrùsò = Alfazema
Àsíkùtá e Efin = Malva Branca
Ata = Pimenta Malagueta
Ataare = Pimenta da Costa
Atopá Kun = Arruda
Àtòrìnà = Sabugueiro
Awùrépépé = Agrião do Para, Pimenta D'Água
Bàlá = Taioba
Balabá = Lirio do Brejo
Bánjókó = Bem me Quer
Bàrà = Melancia
Bejerekun = Pindaíba
Bujè = Jenipapeiro
Dandá = Junquinho
Dankó = Bambu
Efínfín = Alfavaca
Efínrín Kékéré = Manjericão
Ègé = Mandioca
Ègúsi = Melão
Èkèlegbara = Perpétua
Ekun = Sapê
Elégédé = Abóbora
Èpà = Amendoim
Eré Tuntún = Levante
Eró igbin = Erva de Bicho
Èsìsì = Urtiga
Etába ou Asá = Tabaco
Étipónlá = Erva Tostão
Ewé Bàbá = Boldo
Ewé Bíyemí = Quebra Pedra
Ewé Boyí = Bétis Cheiroso
Ewé Gbúre = Bredo
Ewé Idá Òrìsà = Espada de São Jorge
Ewé Inón = Folha Fogo
Ewé Isinisini =  Mastruz
Ewé Iyá = Pariparoba
Ewé Kúkúndùnkú = Batata Doce
Ewé Lárà Funfun = Mamona
Ewé Lorogún = Abre Caminho

Local de pesquisa: 
O livro  Ewé Òrìsà.
Autor:  Flavio Pessoa de Barros e Eduardo Napoleão.                                                                                  Ed. Bertrand Brasil .

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tudo que foi perdido ou esquecido

Tudo que foi perdido ou esquecido


Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


Durante a o processo de transferência dos orisas para o novo mundo,muito se perdeu,com o passar do tempo,a falta da escrita,e a intolerância cravaram fundo a faca da desinformação em nossa herança cultural,sorte nossa que homens e mulheres deram suas vidas para manter o que ainda restou.

Vejamos algumas transformações feitas pelo tempo:

1-Oduduwa,o patriarca do povo Yoruba (masculino) foi confundido com Iya Odu divindade( feminina) orisa cultuado pelos iniciados em Ifa (Babalawos,Oluwos) e outros.

2-Esu foi transformado em demônio, e as pessoas começaram a ter medo de iniciar seus filhos.

3-Orunmila foi esquecido, e os seus sacerdotes desapareceram, o culto a esse orisa quase se extinguiu no Brasil.

4-Ayán o orisa do tambor, desapareceu,e o ritual de consagração de um ilu (tambor,atabaque) foi perdido em muitas casas,o pior é que Alabe se tornou Ogá(Ogan mestre de cerimônias ou encarregado).

5-Yemonja deixou de receber peixe vivo,e muitos nunca nem viram tal ritual,ficando assim conservados somente os pratos oferecidos a grande mãe, com frutos do mar.

6- Oloogun-Éde orisa conhecido em território yoruba  por sua valentia e coragem nas batalhas ao lado de ogun passou a ser considerado um orisa criança(infantil) perdendo completamente sua essência de guerreiro.

7-Nanã passou a ser, a mãe de Soponnan (Obalwaiye) quando em verdade não tem nenhuma ligação entre eles.

8-Olugama (orisa masculino) encarregado da matéria prima para a confecção do primeiro ser humano , se tornou feminino.

Eu poderia ficar aqui escrevendo por muito tempo, a lista do que foi transformado ou perdido , é muito longa,mas prefiro pensar no que restou e no que podemos recuperar,até por que, quanto mais exemplos eu citar, mais aumentarei a ira dos desinformados contra mim, não que isso me preocupe, pois quando assumi a missão de escrever essas mensagens, já sabia o que se seguiria,em contra partida o numero de pessoas sérias e responsáveis me apoiando é enorme e a cada dia surpreendentemente aumenta.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A água a folha e a pedra


Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


Certamente que encontrar a essência do orisa,não é ir à áfrica,existem várias essências no ritual de culto aos  Orisas,nunca deveríamos confundir com ir até as origens.


Durante a  iniciação de uma pessoa de Osun , retiramos a água do rio que será usada nos rituais,essa é uma forma de extrair a essência,assim como quando preparamos as folhas maceradas ou calcinadas também estamos extraindo parte do conjunto necessário ao culto do orisa em seu Igba(vasilha de  assentamento),no momento que seguramos em nossas mãos um  minério de ferro e invocamos Ogun em seu igba sentimos a presença do orisa,mesmo quando uma pessoa retira das águas do rio um okuta(pedra) cor amarelada, que não tem nenhuma rachadura obtemos  uma das essências de Osun.


A brancura do okuta de formas delicadas representa certamente um dos princípios de Obatala,mas é com a inclusão de outras essências como o  efun e o chumbo e as folhas certas, que formam um conjunto de elementos que caracteriza o início do assentamento, mas o ofo(encantamento sagrado) certo,  e o ase(axé) de quem o pronuncia é que vai completar o ritual,a escolha do sacerdote  continua sendo o elemento que dá o equilíbrio.
Então a escolha do individuo permanece como o ponto fundamental  em todas a situações,o acerto, ou o erro vai caracterizar o sucesso ou o fracasso de uma iniciação.

domingo, 17 de outubro de 2010

Minha iniciação 15/11/1969


Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola

Quando eu fui iniciado no dia quinze de novembro de mil novecentos e sessenta e nove , pensei , um dia vou ser grande na religião.

Levou algum tempo, mas descobri o quanto sou pequeno diante da grandeza da religião tradicional Yoruba.
Durante esses anos conheci muitos sacerdotes , que conseguem dançar muito bem , outros que cantam muito bem , outros que tem um bom jogo , outros que usam belas roupas , e outros que tem casas bonitas ,alguns até que colecionam jóias .

Conheci tanta gente , conheci até pessoas que tem o igba do seu orisa feito em ouro , conheci , sacerdotes vaidosos do número de filhos que tem , e outros do numero de clientes , outros orgulhosos do numero de propriedades que possuem , outros da marca do carro que dirige , outros que até que escolheram viver em coberturas , para que os filhos de santo não os incomodassem , nas suas vidas particulares.

Conheci , pessoas muito orgulhosas das casas que foram iniciadas , mas que não fazem nada para honrar as mesmas.

Conheci tanta gente, conheci inclusive pessoas que acreditam que podem decidir pelos orisas , e até alguns que pensam serem orisas.

Isso tudo, contribuiu para a minha formação foi observando que pude definir, o caminho a ser seguido.
Peço todo dia para que o meu orisa permita -me, fazer o melhor , todos erramos , cometemos enganos , mas temos obrigação diante do nosso ori, assim como diante dos nossos Orisas , de fazermos o melhor .
Orunmila,é testemunha do meu esforço , o meu orisa é testemunha do meu esforço ,egungun é testemunha do quanto estou me esforçando.

Meu pai , jamais abrace a arvore do esquecimento , jamais esqueça das pessoas que te louvam.

Wúre Baba...

A Religião dos Òrìsà entre os Yorúbà

A Religião dos Òrìsà entre os Yorúbà

Babalawo Ifagbayin Agboola

Entre os yorúbà, religião é um problema complexo. Um estrangeiro que se interesse pelo assunto pode encontrar múltiplos objetos de culto. Trata-se da representação dos famosos Òrìsà.
Todos os Òrìsà são visualizados como seres humanos e possuem uma origem terrestre: Èsù, por exemplo, é originário de Igbeti; o Orixá Oko descende da cidade de Irawô; Ògún vem da cidade de Ilá e assim por diante.

Após sua morte um homem pode tomar-se um Òrìsà para seus filhos, que passam a cultuar sua memória. O fundador de cada família, por exemplo, sempre se transforma num objeto de culto para seus descendentes. Alguns homens por seu valor pessoal, tomam-se Òrìsà cultuados por toda a nação. De heróis locais passam a heróis nacionais.



A maioria dos cultos a Òrìsà são circunscritos a comunidades locais, sendo muito poucos de importância nacional. Os Òrìsà locais são considerados heróis do grupo que os venera e são identificados por sua natureza, característica do território em que são cultuados. As classes principais dos objetos de culto são os rios e os montes. Um exemplo de monte cultuado em nível local é Oke Ibadan, cujas cerimônias se realizam atualmente na cidade de Ibadan, um dos maiores centros do país, situado ao norte de Lagos. No dia do culto, não se acendem fogos.

Um exemplo do herói elevado á categoria de Òrìsà e cultuado pelo povo de Ijesa é Obalogun, que, segundo a tradição, salvou aquele o povo dessa cidade contra os inimigos de Nupe.

Há, entretanto, alguns Òrìsà cultuados por toda a terra dos yorúbà, sendo os seis mais importantes Òrúnmìlà, Èsù, Òbàtàlá, Òsanyìn, Ògún e Sàngó, que também são venerados em outros países do mundo.
A religião da família constitui-se de vários cultos. Uma vez por ano cultuam-se os espíritos dos mortos. As vezes, por sugestão onírica, realizam-se-lhes sacrifícios. O sentimento de um antepassado é formado por vários objetos usados por ele e se localiza onde está enterrado. Este local se denomina “Oju ibo” (local do culto). As famílias costumam venerar os genitores, fazendo-lhes sacrifícios sobre suas sepulturas.
sacerdotes Òbàtàlá

Além do culto aos antepassados, as famílias veneram outros Òrìsà, como Èsù, Òrúnmìlà, etc. Muitas famílias veneram um Òrìsà particular, chamado Òrìsà da família. Podem-se adorar, por exemplo, irmãos gêmeos falecidos. Quando à morte de um gêmeo, sucede-se a uma doença ou em estado de mau-humor, faz-se necessário construir a imagem do morto e oferecer-lhe sacrifícios. O local para sacrifícios denomina-se “ibúmu”, segundo, a tradição, após a morte de gêmeos, a mãe deve evitar a procriação por um bom tempo.

A veneração de um Òrìsà particular por uma família é muitas vezes circunstancial.

Quando, por exemplo, um raio mata alguém de uma família na qual exista um sacerdote de Sàngó, é costume os outros sacerdotes do mesmo Òrìsà realizarem alguns rituais na casa do morto. Outro membro daquela família, então, é imediatamente iniciado no sacerdócio de Sàngó.

Ser Òrìsà significa ter sido escolhido entre os antepassados para objeto de culto.

Dessa forma, é muito improvável que algum yorúbà não cultue um Òrìsà. A maioria das pessoas veneram, pelo menos, Òrúnmìlà, Òrìsà universal, em intervalos de cinco dias. As mulheres têm o hábito de cultuar o Òrìsà Orí, que é o Òrìsà da sorte. Quando a noiva deixa a sua casa para dirigir-se à do marido, reverencia o Òrìsà Orí, de forma a ter sorte no casamento. Os símbolos desse Òrìsà, entre os quais 41 búzios agulhados conjuntamente, são mantidos em seu santuário.


É importante ressaltar que uma mesma pessoa pode cultuar mais de um Òrìsà, dentre os cerca de mais de 400 existentes. Alguém que cultue o Òrìsà da selva, por exemplo, pode igualmente venerar Òsóòsì ou Ògún. Considera-se que eles se liguem uns aos outros.

Por fim, pode-se dizer que a associação de alguns Òrìsà a elemento da natureza não implica em que os crentes se identifiquem com estes no momento do culto. Na prática, veneram a memória desses Òrìsà enquanto homens que viveram sobre a Terra em tempos remotos. A associação desses Òrìsà à natureza foi portanto acidental. Quando Oya é cultuada, por exemplo, pensa-se em suas habilidades, outrora enquanto mulher, de emitir fogo pela boca; ao se cultuar Òsun, não se rende homenagem ao rio que leva seu nome, mas a mulher que, um dia, transformou-se em Òrìsà. Assim, os cultuadores de Sàngó o invocam menos com o propósito de venerar o raio ou o trovão do que honrá-lo pelo homem que fora, capaz de empregar esses recursos naturais.

Autor: Prof. Michael Ademola Adesoji

Odu, Ifa , Orunmila ,Ela, Agboniregun

Odu, Ifa , Orunmila ,Ela, Agboniregun

Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


Eu tenho presenciado todos dias nas comunidades  os mais diversos comentários sobre Ifa.

Tem pessoas que por desconhecerem  os rituais acreditam em coisas que jamais poderiam acontecer ,tipo o meu odu de nascimento é tal,essa colocação é muito comum nos dias de hoje quando a maioria das pessoas querem falar sobre odu e Orunmila,sem ao menos serem iniciados em Ifa.

O orisa Orunmila também conhecido pelos outros nomes citados no titulo, é o orisa da sabedoria o maior conhecedor sobre o destino dos homens e seus odus.

Odu tem  uma representação gráfica de um conjunto de elementos representados na natureza que descrevem uma parte de um todo do universo ao qual assim como as pessoas e alguns elementos da natureza tem sua origem a partir da criação de Olodumare(Deus) sendo assim tudo nasce de um odu inclusive os orisas.

Cultuar Orunmila é cultuar a informação a sabedoria e a filosofia do povo Yoruba,é ter como regra de vida os sagrados versos de Ifa o orisa do oráculo ,e sua eterna orientação  como ensinamento que deve ser usado diariamente.

Oculto a Ifa se completa com os demais por que se você desconhece seu orisa como poderia    reverenciar o mesmo ,como pode cultuar seu antepassado tudo acontece simultaneamente e se completa.

O Brasil perdeu muito com a falta de Babalawos ,graça a Olodumare isso esta sendo resolvido aos poucos , teremos em um futuro não muito distante homens ocupando esses cargos com dignidade em todo o pais.



Orisa da riqueza

Orisa da riqueza

Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


Nos dias de hoje cresce o numero de pessoa que pedem explicação sobre esse orisa ,não é para menos todos precisamos de dinheiro,embora a riqueza para o povo yoruba seja considerada de forma bem mais ampla que em nosso país, o yorubano considera a maior riqueza de um homem, a vida longa, é por isso que saúda (ogbo ato)desejando longa vida.

 Aje o orisa  da riqueza filha de Olokun,irmã de Yemonja  conhecida no território yoruba como o orisa dos negócios e do dinheiro,como também da longevidade .

Seu assentamento é feito  em uma vasilha que contem um grande numero de caramujos marinhos,embora  somente uma parte deles é fundamento .

A esta iya é oferecido Elédè (porco) como sua comida principal,alem de frutas e grande quantidade de comidas feitas a base de milho,e feijão.

Seu culto é também feito em conjunto com o culto de outros orisas como Osun ,Esu e Olokun,é quando olhamos o brilho do mar sobre as ondas  que avistamos Aje,é quando o mar que encanta seus adeptos,Aje, o Ogunguniso

Animais ,vegetais,minerais.

Animais ,vegetais,minerais.


Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


È interessante o que  me ocorreu,quanto tempo seria necessário para formar um sacerdote em nossa religião,nos dias de hoje é muito fácil entender que algumas pessoas tem mais facilidade em aprender do que  outras,fixar um prazo é um grande absurdo.

Em conversa com meus filhos um deles disse-me que achava muito lento o caracol (igbin),então respondi a ele que o importante não é a velocidade mas sim seguir em frente.

Um ebó que colocamos um caracol para Obatala,tem justamente essa finalidade,assim como aquele que passamos um pombo em uma pessoa e soltamos tem o significado de ultrapassar o problema, o pombo voa alto e sobre os predadores.

O uso de minerais então esse sim me deixa preocupado pois  em alguns casos quando em desarmonia ao invés de ajudar prejudica ,vejamos um exemplo moedas de alumínio no assentamento de Ogun misturada com  as ferramentas de ferro e muitas vezes ainda com moedas de bronze.

Da mesma forma o uso de folhas é um grande problema e a grande maioria das pessoas desconhece as formas e os usos de alguns vegetais,a regra primeira é olhar o formato da folha e assim identificar sua utilidade,com raras exceções  as folhas mais    delicadas e com formatos mais arredondados são  oferecidas  aos  orisas mais calmos e as ponte agudas ao contrario,não podemos nos basear por uma  única informação mas temos que ter em nossa mente regras simples como essa .

A harmonia dos detalhes é fundamental e sempre se faz presente nos resultados positivos.

feminino ,masculino,e a fecundidade no culto aos orisas

feminino ,masculino,e a fecundidade no culto aos orisas


Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


Eu me surpreendo quando as  pessoas  iniciadas  ainda não conhecem algumas coisas básicas no culto aos orisas , feminino e masculino interagem buscando assim a fecundidade.

Olhando com calma o Igba de um Orisa (vasilha do assentamento) vamos perceber claramente os componentes femininos e masculinos ,tudo em um perfeito equuilibrio buscando assim a representação da fecundidade e a interação.

 Eu sei que nem todas as pessoas tiveram a oportunidade de aprender tudo isso mas se fazemos parte da religião dos orisas e entendemos os orisas  como parte da natureza é muito fácil concluir tais afirmações,em  todos os momentos vemos na natureza essa interação dos elementos femininos e masculinos.

Os iniciados na sociedade Ogboni quando saúdam a terra colocam de forma bem clara a mão esquerda com o punho serrado sobre a direita (também serrada) para só ai colocar a sua cabeça, caracterizando   assim o total respeito a Iya Alela (mãe terra) feminina  e a dedicação dos homens icicíados em Ifa                ( Orunmila masculino) assim como no culto  de Egungun a presença de Oya tem essa representação de interação assim como a presença do Oso no culto de Iya mi também tem o mesmo sentido, tudo se completa e jamais se separa.

A importância dos elementos femininos e masculinos,assim como mineral,vegetal e animal constituem o equlíbrio necessário para a realização do culto aos orisas.

Eu sei que essa visão ainda é muito nova em nosso país, mas a verdadeira origem em  alguns casos é o oposto do que foi ensinado aqui, mas também devemos considerar o quanto se perdeu de informação ao longo da história.

Esu o mais importante dos orisas

Esu  o mais importante dos orisas

Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


No território Yoruba o culto a Esu esta ligado a todos aos outros  orisas ,egungun e  Iya mi,e  o assentamento de Esu está sempre presente nos locais de culto.

Diferentemente do que acontece no Brasil, esse assentamento é feito em uma pedra conhecida como  Yangui , existe várias formas de assentamento, mas o mais comum, Yangui, uma pedra ferruginosa ( laterita )que é  acompanhada de uma estatueta em madeira , embora infelizmente no Brasil, ainda existem pessoas que assentam Esu com pedra de rio, contrariando a essência que deveria ser mantida conforme os versos de Ifa,(textos sagrados de nossa religião).

É bem verdade, que considerando tudo que nossos antepassados tiveram que enfrentar, diante das dificuldades da escravidão, muito foi conservado e pouco seriam os ajustes a ser feito,agora é responsabilidade nossa corrigir o curso da historia indo de encontro as nossas raízes e melhorando nossa relação com os nossa origem.

O grande problema com o culto a Esu, é a desinformação das  pessoas, que seguem confundindo Esu, com os chamados  Exus de Quimbanda ou da Umbanda,isso deixa uma confusão muito grande na cabeça das pessoas que desconhecem os orisas,é muito comum ver assentamentos com tridentes  e bonecos com chifre, ainda sendo cultuados e pessoas que continuam dizendo que tem um Esu chamado tranca rua e que ele seria o emissário de Osun,tal afirmação deixa qualquer pessoa informada de cabelo em pé .

Em grande parte as pessoas não sabem as verdadeiras atribuições de Esu ,ele é o orisa da articulação entre o aiye (terra) e o orun (ceu), o intermediário entre os homens e os orisas, o verdadeiro porta voz do ser humano junto as divindades.

Nunca devemos confundir  Esu, com o diabo como fizeram os colonizadores em terras yorubas,sobre tudo, hoje com tantas informações, a internet é o grande pesadelo dos desinformados donos do saber, que outrora se arvoravam como conhecedores, hoje basta acessar  todo tipo de informação, e as distâncias entre a África e o Brasil estão reduzidas a um simples  toque no teclado,o problema é como identifica, qual informação pode ser aproveitado.

Abiku o ser indesejado ou não!




Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


Eu sempre digo para as pessoas que tudo vai depender por que  ângulo estamos olhando dizer que um abiku tem dificuldades na vida é verdade, mas quem não tem,eu já atendi algumas pessoas abiku muito bem de vida em todos os sentidos enquanto outros que não tem esse problema vivem um verdadeiro pesadelo.

Em yoruba bi significa (nascer ) e iku significa morrer então estamos falando de pessoas que deveriam  ter morrido  que nasceram para morrer e por alguma razão isso não aconteceu só isso já torna essas pessoas verdadeiros vencedores.

È claro que tudo é muito mais complicado que parece, tal situação requer muito conhecimento por parte do sacerdote que se arvore como conhecedor, ele pode  colocar muitas vidas em risco inclusive a sua, tratar dos espíritos infantis é um misto de conhecimento e coragem ,pois um espírito  de criança sempre pode surpreender .

O culto a o orisa Ibeje (  gêmeos)e o culto ao orisa Egbe orun(família do céu, espiritual)fazem parte de um  conjunto  que quando bem  trabalhado  trás a pessoa abiku uma vida de prazer e alegria.

Falar de algo que não se conhece ou nunca se viveu é um grande erro ,cabe a nós encontra uma forma de divulgar a mais pura verdade sobre esse assunto.

Iya mi, as bruxas e a desinformação.

Iya mi,  as bruxas e a desinformação.

Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola

Eu sempre me digo uma pessoa calma ,mas diante de tantas asneiras  sendo ditas sobre Iya mi na internet,minha paciência desapareceu,chamar a mãe da terra de bruxa, é no mínimo desinformação ,Iya (mãe)mi(minha) minha mãe não é bruxa ,e eu entendo o motivo da afirmação ,falta de cultura,mas não concordo com a falta de informação nos dias de hoje, pois nunca na história da humanidade foi tão fácil se informar.

Dizer q Iya mi é um culto só de mulheres é mais um absurdo, o que dizer dos Osos?

Eu já ouvi de tudo até que Iya mi é cultuada para maldade,eu só  posso dizer que tudo isso é loucura ,a função de iya mi na filosofia yoruba, é a coordenação dos Ajoguns,Iku a morte,arun  a doença,ofo o prejuízo ou perda,e outras dificuldades que o homem encontra em sua existência,a liberação dos ajoguns ou não esta ligada a uma série de fatores,assim como  o próprio destino que conforme a cultura religiosa yoruba em parte é escolhido por nós mesmos.

Diante de tais informações,erradamente divulgada eu tenho a dizer que se você quiser agradar seus antepassados femininos e buscar uma existência em harmonia com  passado e o presente eo futuro certamente deve cultuar Iya mi.

A essência jamais deve ser esquecida  não existe figura mais respeitada  para os yorubas que a mãe ,é muito difícil aceitar que a mais importante das divindades se tornou uma bruxa no nosso país essa que representa todas as mães inclusive a mãe terra deve ser respeitada em todos momentos.
O culto a Iya mi faz parte da historia da humanidade e não é um grupo de desinformados que vai mudar a cultura trazida para o Brasil por nossos antepassados.



Egun e oku

Egun e oku

Autor:Babalawo Ifagbayin Agboola


Os povos de origem yorubá tem um nome especial de tratar seus antepassados,egun,esse termo identifica o antepassado masculino espíritos divinizados através de rituais específicos, aonde o morto passa a ser considerado de forma especial ,ele recebe um novo nome e começa ser cultuado junto ao assentamento dos demais antepassados.

Os yorubas acreditam que o culto a egun serve para harmonizar a pessoa com o passado,mas principalmente para reverenciar aqueles que contribuíram para a nossa existência ,pois como todos sabemos sem passado não existe presente e muito menos futuro.

Os espíritos dos mortos na cultura yoruba recebem o nome de oku,não é todo oku que se torna egun ,mas todo egun um dia foi um oku.

A diferença esta nos rituais próprios para tornar o oku um ser divinizado,esses rituais podem ser feitos somente para os espíritos de pessoas iniciadas no culto de orisa ou de egungun,é claro que existe outros pré requisitos para que esse processo de divinização seja efetuado o homem quando vivo deve ter um comportamento exemplar se pretender um dia ser cultuado como egun.

No Brasil existe uma diferença em relação ao que é feito no território yorubá ,aqui se acredita que os eguns jamais devem ter contato direto com as pessoas ,isso para a tradição yorubá não procede ,os antepassados ficam felizes com esse contato,essa é uma das formas de harmonizar o espírito com seu descendentes.

Quase todo espírito (oku) cria problema para os seu descendentes se não for cuidado de forma adequada,normalmente a falta de rituais fúnebres próprios e o despreparo das pessoas para cumprirem algumas exigências básicas nessa relação homem espírito terminam criando esse conflito.

Na cultura yorubá existe uma sociedade secreta que se encarrega dos rituais fúnebres,esses sacerdotes cultuam uma divindade chamada Oro,que no Brasil ainda é um pouco desconhecida.

No tocante aos espíritos dos antepassados femininos,é muito raro que seja cultuado de forma individualizado,normalmente é cultuado de forma genérica na sociedade secreta
das Iya mi,exemplo iyami Osoronga,Iya mi Aiye,Iya mi Aje...

Exemplos de culto :

1-Egungun,culto de espíritos masculinos individualizados
2-Oro,culto de espíritos masculino generalizado.
3-Iya mi ,culto de espírito feminino generalizado.

Observação: Não confundir com o culto aos Orisas, espíritos divinizados,e com culto no Brasil relacionado as forças da natureza.

Para melhor entendimento,não confundir com caboclos cultuados na Umbanda religião de origem Brasileira,Que definiríamos como uma forma semelhante de cultuar egun,porém com diferenças,pois os espíritos da Umbanda tem ligação com a cultura Bantu, indígena, ou oriental.