sábado, 24 de agosto de 2013


Oi criançada eu sou o Awo zinho.

Quero convidar vocês para conhecer o Ile Ifá Ogbe Obara, aqui o atendimento de crianças é gratuito, venha com seu papai ou com a sua mamãe, venha Ifá é para todos.

Os mandamentos de ifá para o Awo zinho

1-Obedecer seu papai e sua mamãe.
2-Obedecer o seu oluwo
3-Obedecer os mais velhos no ifá
4-Não faltar na escola.


O Ifá veio para o Brasil, para ficar, vamos construir o futuro do Ifá em nosso país, Ifá é para todos!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

O Ifá no Brasil.


Na tentativa de contribuir para diminuir as dúvidas das pessoas que pretendem se iniciar em ifá e das pessoas leigas que gostam do culto de Orunmila, nos propomos mais uma vez a escrever sobre esse tema, respeitando as diferenças do culto em cada família, mas divulgando os procedimentos dentro do seguimento que professamos.

Isefa.

Para algumas famílias o isefa não é uma iniciação, em nossa família consideramos o Itefa uma iniciação completa e o isefa uma pré-iniciação, em nossa família toda a pessoa submetida a um isefa recebe um nome, além das orientações do odu do ritual, se essa pessoa recebe uma indicação de ifá que deve se tornar um babalawo, o ifá é alimentado mais uma vez, em um novo ritual, que não acontece no mesmo dia, e um opele é consagrado para o inicio dos estudos.

Em algumas famílias a pessoa submetida em um isefa é chamada Omo ifá, e uma submetida ao itefa são conhecidas como awo ifá.
Em nossa família consideramos esses dois nomes e usamos a denominação awo kekere, (pequeno segredo), ou awo kekere, para as pessoas com indicação do inicio a preparação para itefa.

O awo kekere, é uma pessoa que normalmente tem o seu Exu arrumado com o odu do isefa ou com um odu indicado por ifá, na segunda cerimonia quando é consagrado o opele de estudo.

O awo kekere pode receber esse opele que muitas vezes é confeccionado com pedaços pequenos de cabaças, semelhante ao que é feito no ifá cubano, com pedaços de coco, ou com um opele padrão, com favas de opele legitimas, a diferença na consagração do opele, para estudo é o porte do sacrifício por razões obvias não vou mencionar como é feito, mas existem inúmeras formas de consagrar um opele, uma pessoa que passa pelo itefa, mesmo tendo odu de babalawo, não tem o seu opele consagrado para atender clientes, a consagração do opele em alguns casos no itefa, é muito simplificada consistindo em que o opele come dentro da vasilha de Orunmila, já para consagrar o opele que vai consultar para clientes a consagração, é fora da vasilha de Orunmila e não necessitam que Orunmila seja alimentado, os rituais para esse caso, estão muito ligados a o culto de Exu.

Itefa.

Uma pessoa submetida a um itefa pode continuar se incorporando com caboclo, esu, preto velho, e seu orisá, se não for um babalawo, essas pessoas que tem cargo de babalorisas ou tem caminho de oloorisa, passam por quase todos os rituais, que um babalawo passa a diferença esta ligada ao culto de Iya odu e Osun (antepassado).

O culto de Osun (antepassado) tem rituais específicos para pessoas que passam por uma iniciação e rituais completamente diferentes para a pessoa que vai iniciar outras pessoas.

As pessoas, iniciadas para se tornarem babalawos começam os seus estudos, não no momento que fazem o itefa, começam seus estudos quando na pré-iniciação (isefa), recebem uma orientação de Orunmila que tem caminho de babalawo.

As pessoas pertencentes ao ifá Cubano, assim como as pessoas acolhidas em nossa família, que por alguma razão, se afastaram da sua família do ifá Nigeriano recebem um tratamento totalmente diferente, condicionado a uma forte demonstração de conhecimento ou baseado em uma orientação determinante de ifá, só assim pode ser considerado o tempo de estudos para uma futura liberação para um atendimento de clientes.

O primeiro caso, diz respeito a um conhecimento não dos versos da família a qual a pessoa fazia parte, mas sim de um conhecimento universal, de tudo que envolve ifá.

Se Orunmila disser que devemos aproveitar os ikins da pessoa que foi iniciado no ifá Cubano, assim o faremos, pois para nós ifá é universal, mesmo tento conhecimento que os ikins usados nas iniciações da tradição do ifá Nigeriano sejam completamente diferentes das sementes de dendê usadas em Cuba.

O mais importante nesses casos é levar em consideração que o iniciado no ifá Cubano, recebe já na sua primeira mão de ifá, o assentamento de Osun (antepassados) e Exu, diferente do isefa tradicional.

Se for aceito o assentamento de ifá, também vai ser aceito o assentamento de Osun (antepassados) e o de Exu, existem alguns casos, no ifá Cubano que a pessoa tem um opele de casca de coco, se ela passar para o ifá Nigeriano esse opele, só poderá ser usado, como um adorno, o sacerdote em sua nova caminhada deve consultar para os seus clientes com o opele tradicional.

Já o assentamento de Osun (antepassado), pode ser mantido em paralelo, assim como o Exu e o ifá, dispensando uma nova iniciação, considerando que não se pode iniciar uma pessoa duas vezes, isso seria um desrespeito com suas raízes anteriores.

Duração das cerimonias.

Um isefa leva até três dias para conclusão da cerimonia, já um itefa leva de três a dezessete dias, a conclusão das cerimonias, isso não quer dizer que não possa seguir outras indicações como é bem comum, sete dias.

Sempre a orientação de Orunmila no ifá, é que vai ser seguida.

A mudança de família.

Um babalawo na Nigéria dentro do culto tradicional nunca muda de família, se ele se desgostar ou houver algum desentendimento com seus iniciadores ele é sabedor que vai seguir um caminho respeitando por toda a sua vida, o nome que carrega, e os princípios da família que foi iniciado, é como as tradições yorubas compreendem o compromisso assumido no igbodu.

A mudança de família no Brasil.

Vivemos em um país diferente, com anseios e expectativas diferentes das que existem no território yoruba, então é de se aceitar visões diferenciadas dos resultados esperados por alguém iniciado em nosso pais e por alguém iniciado na Nigéria sendo que nasceu e foi criado naquela cultura.

Sendo assim considerando o procedimento que foi adotado comigo, considero o tempo de iniciação que as pessoas foram submetidas em outras famílias assim como os assentamentos que elas receberam para esclarecer isso melhor já que se trata de um tema que na Nigéria não existe vou citar aqui o meu exemplo.

Quando entrei na família Agboola, eu tinha o assentamento do meu ifá, o Exu de ifá e os assentamentos de Osun (antepassado), além de ser iniciado no culto de Egungun e outros orisás.

A orientação do meu Oluwo baseado em uma consulta a ifá foi a seguinte:
Eu deveria ser submetido ao itefa e os ikins do meu ifá deveriam ser mantidos, foram acrescentados aproximadamente cinquenta ikins novos, o Exu, foi feito outro correspondente ao odu do itefa, como é padrão.

Após o itefa baseado no odu foi orientado uma nova cerimonia no culto de Egungun, com o meu babalawo, não uma iniciação, mas sim um ritual, onde o Egungun, de minha casa ganhou roupa, já no caso de Osun (antepassado), foi considerado que eu já era iniciado, e que precisaria Opa Osun, somente no caso de iniciações, já que recebi o assentamento de Osun (antepassado), quando fui iniciado no ifá, como todo iniciado no ifá Cubano.

Também foi orientado por ifá, que eu deveria ser iniciado novamente em Olokun.

Note bem cito o meu exemplo, porque na Nigéria isso não acontece, e no Brasil, isso tudo é bem comum, pessoas mudarem de família, não é errado, acredito que errado seja desrespeitar a suas raízes anteriores, por isso fiquei muito feliz com a orientação de ifá, que manteve os meus ikins, também fiquei feliz com a decisão do meu Oluwo em respeitar o meu tempo de iniciação, sei que pessoas que foram iniciadas na mesma família não receberam o mesmo tratamento, por isso deixo bem claro, o ideal é consultar ifá.

Iyanifa

Nos últimos tempos, ouvi inúmeras denominações para descrever uma mulher que foi submetida ao itefa, nesse caso em nossa família, permanece a designação Iyanifa para as mulheres que vão se dedicar ao culto de ifá e que podem consultar opele e ikin, assim como as mulheres que mesmo tendo feito o itefá, vão continuar sendo iyalorisas ou oloorisas, existem pontos bem definidos em nossa família, vamos analisar a seguir:

A Iyanifa, não vê iya odu, nenhuma mulher vê iya odu, então ela não inicia um babalawo, ou outra iyanifa.

A mulher que depois do itefa segue as orientações do seu odu, e se dedica ao estudo de ifá, não necessita estar vivendo em um período que não menstrua mais, um exemplo disso, é que temos iniciações para iyanifa, no território yoruba, de meninas com sete, oito anos de idades, isso é o que fizemos em nossa família.

Uma mulher pode passar por um itefa e seguir se incorporando com exu, caboclo e orisá, como no caso masculino, essa pessoa vai seguir um caminho diferente do caminho de estudo de dedicação a ifá, essa pessoa vai ser iyalorisa ou oloorisa.

As diferenças são definidas não por uma escolha pessoal, mas sim pelo odu do itefa.

Baseado no odu, mesmo as iyanifas, tem que ser submeterem a algumas cerimonias diferentes daquelas submetidas pelas mulheres que fizeram itefa e vão continuar oloorisas.

A iyanifa, assim como a mulher submetida ao itefa, pode cultuar o seu ifá, a diferença que a iyanifa é preparada para o culto de Orunmila e pode vir a ter permissão para atender com opele e ikin.

Iya apetebi

Iya apetebi é a designação dada à mulher do Babalawo, independente do credo professado por aquela pessoa desde que respeite a fé do marido, isso acontece fora do território Yoruba, no Brasil temos vários exemplos de pessoas que se iniciam em ifá mesmo sendo iniciado em outra cultura religiosa como Umbanda, e candomblé, isso torna a iya apetebi no Brasil, um caso a parte, temos que considerar que ifá é sabedoria e devemos respeitar as pessoas que professam mais de uma religião ao mesmo tempo.

Em regra uma iya apetebi deve ser iniciada em Ifá e Osun, não conheço uma Iya apetebi de fato que não seja iniciada nesses orisás, as Iya apetebis de direito são as mencionadas anteriormente, mulheres que ainda não foram iniciadas em Osun e ifá, mas que são as esposas dos babalawos.

A iya apetebi, que senta na esteira do babalawo, que foi apontada pelo Oluwo, antes da consagração do babalawo seu marido, é aquela mulher que foi iniciada em Osun e Ifá, e que tem a obrigação de cuidar do Ifá do seu babalawo, é a pessoa encarregada dos cuidados desse orisá como o osé, entre outras atribuições.

Essa mulher que recebe o nome de iya apetebi que foi submetida a todas as iniciações, é uma pessoa que ocupa um cargo insubstituível, tanto na Nigéria como no Brasil, um babalawo não pode ter uma segunda iya apetebi, e uma iya apetebi não pode abandonar o seu babalawo, essa situação para as pessoas fora do território yoruba podem causar certa apreensão, mas devemos analisar que a pessoa se submeteu a varias iniciações consentindo e assumindo as responsabilidades diante do orisá que representa a sua fé, isso se aplica tanto a iya apetebi como ao babalawo.

O casamento do babalawo com a iya apetebi, representa mais uma cerimonia diante de ifá, e somente a ifá é dado o verdadeiro titulo de a testemunha do destino, isso implica diretamente que ele tem conhecimento de quem vai casar com quem, cabe a ele autorizar a cerimonia ou não, assim como no itefa, cabe a ele autorizar a cerimonia ou não, quando a iya apetebi carrega o iyangui do Exu do marido ou é representada nesse ato.

Cada situação é um situação e fora do território yoruba algumas pequenas mudanças podem ser aceitas, mas a base deve ser mantida, e o respeito deve ser a base do relacionamento, em vários odus fica claro que um babalawo, não deve ter mais que uma mulher, e também fica claro no ifá que um babalawo deve respeitar a lei do seu pais, o mesmo deve ser um representante da comunidade e um exemplo a ser seguido.

Iya apetebi Iyanifa.

O caso da Iya apetebi Iyanifa, é um caso mais raro, essa mulher iniciada para se dedicar ao culto de ifá que também é mulher de um babalawo, normalmente é uma pessoa com formação permitida pelo seu Oluwo baseada na formação do babalawo seu marido, traduzindo ela não tem um Ojugbona o Ojugbona é normalmente o seu marido, considerando o convívio diário, essa regra torna-se um benefício para essa sacerdotisa que estuda todos os dias no âmbito familiar.

É bem verdade, que essas iniciadas são muito mais exigidas, porém quase sempre são melhor preparadas, que aquelas que vem na casa de ifá uma vez por semana.
  

Um exemplo a ser seguido.

Quando eu digo que um babalawo deve ser um exemplo positivo, falo de pessoas com uma estrutura de atendimento que constantemente inicia outras pessoas, não estou falando de iniciados.

Uma é iniciada para conhecer o seu destino e melhorar a sua forma de ver a vida e os seus semelhantes, se ele fosse perfeito, não precisaria ser iniciado, então é comum que um babalawo, inicie pessoas que ele discorda se ele fosse iniciar só as pessoas que simpatiza não seria um sacerdote.

Proeminência.

Quando perguntei para o meu Oluwo como identificar um babalawo que já esta em ponto de se tornar um Oluwo ele me disse naquele português enrolado, que é característica dele, um babalawo conquista o seu espaço dentro da família, quando participa de rituais e se mostra familiarizado com tais atividades.

A mesma pergunta eu fiz para o Araba quando perguntei como ele foi escolhido para ser o Araba da cidade de Lagos, ele me respondeu proeminência.

Uma pessoa proeminente aparece não porque o seu querer deve ser imposto, ele aparece porque o seu conhecimento se impõe e o reconhecimento acontece naturalmente, porém no caso do Araba foi a única pessoa da família Agboola que foi sabatina antes de ocupar um cargo, algumas pessoas conhecem esse ritual por ikoate, que vamos traduzir aqui para facilitar como uma sabatina feita por seus colegas.

Na família Agboola, não existe esse ritual, na Nigéria, nenhuma pessoa tem coragem de dizer que é um babalawo, sem antes ser reconhecido por sua família, apto e digno dessa função.

Me chama atenção que com exceção do meu Araba, nunca conheci alguém tenha passado por esse ritual, ouço muito falar, mas não conheço famílias yorubas que pratica isso, somente esse ritual é usado na hipótese como citei da escolha de um Araba para uma cidade, o Araba Awodiran respondeu perguntas sobre ifá, durante três dias para um grupo de mais de cem babalawos, que o aprovaram para aquela função, mesmo assim ele teve antes que receber o reconhecimento do rei, para receber o seu oye (cargo).

Rituais.

Sobre rituais, não podemos entrar muito em detalhes, é certo que em nossa família, um pré-iniciado, no ritual de isefa recebe um mínimo de dezoito ikins, e em um itefa o Oluwo escolhe o numero de ikins de acordo com a vontade de ifá.

Também é verdade que um isefa pode ou não ter sacrifícios, pode ou não ter um assentamento de Exu, a realidade é que prevalece a orientação de ifá.

O leigo.

O publico em geral não sabe diferenciar ifá de Orunmila e muito menos, Ela de Agboniregun é obrigação dos babalawos com Iles Ifá, constituído divulgar a informação, mesmo que isso tome o tempo e gere desgaste na figura do sacerdote.

Constantemente pessoas me perguntam sobre ifá, ifá é um oraculo que se baseia em um conjunto de versos, coletados ao longo do tempo, por antigos sacerdotes do culto a Orunmila, dentro desse conjunto existe vários tipos de orientação filosóficas, morais, religiosas etc.

Ela é a emanação da sabedoria de Orunmila, que intui o babalawo e o orienta e o direciona no caminho indicado pelo oraculo de ifá, que foi primeiramente divulgado pelo maior de todos os sacerdotes, primeiro e único Agboniregun.

Convicção.

Tenho plena convicção que vão aparecer pessoas para me criticar sobre esse texto, a minha parcela de contribuição esta sendo dadas, as pessoas que não concordarem fiquem a vontade para escrever um texto que conteste o escrito por mim, estou preparado para responder as perguntas, não porque sou o dono da verdade, é porque dedico minha vida a minha religião.




terça-feira, 20 de agosto de 2013

Pública, vida! 


Texto: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Ter uma vida publica é ter a paciência de ver várias pessoas que não sabem nada sobre você, falando o que não se espera especulando do que elas não conhecem e fantasiando o que você não imagina.

Ter uma vida publica é uma mistura de falta de privacidade com um exercício de aceitação de não ter um espaço intimo respeitado.

Vida publica, é chegar à noite e conseguir dormir, mesmo depois de assistir pessoas sem nenhum antecedente qualificativo, tentarem desqualificar, o que você construiu com dedicação, é assistir pessoas que você nunca viu se acharem no direito de te analisar.

Ser uma figura publica é ver as pessoas desconfiarem de seus esforços, criticarem os seus feitos, é ver o seu trabalho, divulgado sem o seu nome, é esperar um reconhecimento que muitas vezes não vêem.

Finalmente ser uma pessoa com vida publica, é a capacidade de enfrentar as criticas, é se alimentar dos elogios sinceros, é não esperar, o resultado imaginado, é aceitar a contribuição involuntária daquele que te atinge, mas que também te estimula.

Ter vida publica, é tentar transparecer o tudo para todos, é manter um espaço onde o todo só transparece verdadeiramente na sua privacidade, é sonhar com o anonimato, bebendo dos mínimos prazeres da popularidade.

Ter uma vida publica é viver é ouvir as críticas é tentar melhorar, não porque a opinião de alguns possa tirar você de suas convicções, é sim quando você acredita no que faz, é aceitar que a responsabilidade é permanente, é saber que toda contribuição é valida.
Ter uma vida publica, é sentir o olhar dos desafetos ansiosos esperando por um deslize, ter uma vida publica, é seguir uma estrada onde as convivências com a cobrança e admiração misturadas com os ciúmes e a inveja delimitam o espaço por onde você transita.

Ter a vida publica, não é publicar a sua vida, é manter publico, o que interessa para o publico, é manter o privado, isolado.


Vida pública é na grande parte do tempo ter a capacidade de ser, outro, sendo você mesmo. 

domingo, 18 de agosto de 2013

O sacerdócio


Autor: Babalawo Ifagbaiyn Agboola

Sacerdócio não é ter um comportamento que concorda com tudo para ser simpático, ser um sacerdote não é ter olhos azuis para preencher um padrão de beleza é ter um olhar que educa, adverte, é ter um olhar sem compromisso de agradar.

Ser um sacerdote, não é ser bonzinho, não é ser aquela pessoa de um sorriso fácil, ser um sacerdote é compactuar com o acerto, é o manifestar distancia do não aceitável, é a condição de ter autoridade para opinar.

Ser um sacerdote é ter a coragem de dizer à palavra que não quer ser ouvida, é ter a personalidade fundamentada na fé, é ter a humildade para voltar a trás, é ter a força para seguir em frente.

Ser um sacerdote é divergir dos equivocados, é aplaudir os que encontraram o caminho, é se sentir muito bem acompanhado mesmo estando sozinho.

Um sacerdote é fiel a tudo que ele acredita, não busca aplausos e nem recompensa financeira, ser um sacerdote é se tornar exemplo mesmo sem saber que seus gestos são imitados, ser um sacerdote é ter um comportamento comum, é ser um reflexo da sua fé.

Ser um sacerdote é ser um exemplo diferente de tudo que é exposto, ser um sacerdote é ter a coragem e não ceder a um impulso, é seguir normas, é atender o lamento não proferido, é entender o gesto contido, é se antecipar ao anseio do sofrido.

Ser um sacerdote é acreditar que vai dar certo, pelo simples prazer da fé, ser um sacerdote é representar uma religião, mesmo nos momentos que você não é um religioso, ser um sacerdote é querer a verdade, é ter princípios, é acreditar no que você não vê, com a certeza que existe, é ver o diferente com os olhos iguais, é acreditar que o seu existir é a sua fé.

Ser um sacerdote é viver a vida sem ambição, monetária, é a convicção da razão do seu existir.
Um sacerdote é aquele que aceita o seu destino, sem questionar as forças que o mantém vivo, é ser um instrumento, é produzir um som em harmonia com o universo, é ter a natureza como inspiração é ter o amor como combustível é ver em um irmão uma extensão do criador.


Ser um sacerdote não é escolher o caminho, é aceitar ser escolhido, ser um sacerdote, é abrir mão do bem estar, é estar bem sem estar, é estar disposto a ajudar.

Homenagem a  Leonardo Boff

domingo, 11 de agosto de 2013

OGBE OBARA O FILHO DE ÀGBONIREGUN


Homenagem póstuma ao babalawo Adilsom Antônio Martins,(Ifáleke Awó Ni Orunmilá Omó Odu Ogbebara).




Texto: Solagbade Popoola

Bààrà-baara làá g’étì
Şónşó oríi rę  loògùn    
Şónşó oríi rę  làwúre
Díá fún Òrúnmìlà
Baba yóó kúnlę  şorò jęun tuntun lọdún
Ò wá ndánu sùnráhùn Ire gbogbo
Wọn ní kó rúbo
Ò rúbo
Kòì pę , kòì jìnnà
Ę wá bá ni ní ję bútú Ire gbogbo

Traducción:

Abundantemente, depositamos ĘTÌ
Sólo la punta de su cabeza es medicina
Sólo la punta de su cabeza es necesitada para medicina para el éxito financiero
Ellos fueron los que lanzaron Ifá para Òrúnmìlà
Cuando se estaba preparando para la nueva cosecha del festival
Y estaba queriendo todos los IRE en la vida
Se le aconsejó ofrecer sacrificio
Él cumplió
Antes de mucho tiempo, no demasiado
Ven y únete a nosotros en medio de abundante IRE

Ifá dice que la persona para quien este Odù es revelado esta en el presente entreteniéndose con algunos temores acerca del buen funcionamiento de sus finanzas. El o ella no tiene motivo de temor.  Todo se volvería positivo para el o ella.

Ifá dice, que Ifá le asegurará el éxito del cliente para quien este Odù es revelado. Ifá dice que si es durante el ÌKỌSÈDÁYÉ de un bebé recién nacido, el nombre del niño o del bebé es IFÁTÓÓYANGÀN. A cualquiera que le sea revelado este Odù para tener que someterse a pasar por la ceremonia ÌTĘ̀LÓDÙ.

Bààrà-baara làá g’ę tì
Şónşó oríi rę loògùn  
şónşó oríi rę legbòogi
Díá fún ‘Fátóóyangàn
Tíí şọmọ bíbí inú Àgbonìrègún

Traducción:

Abundantemente, depositamos ĘTÌ
Sólo la punta de su cabeza es medicina
Sólo la punta de su cabeza es hierba
Ellos fueron los que lanzaron Ifá para Ifátóóyangàn
El niño de Àgbonìrègún

Ifátóóyangàn (Ifá es merecedor de estar orgulloso de serlo) era el niño de Àgbonìrègún. Tenía todo en la vida a través de Ifá. Tenía dinero, propiedades de tierras, granjas, casas, niños, felicidad y todas las cosas buenas de la vida a través de Ifá. El siempre estaba sintiéndose orgulloso de sus logros. Aquéllos que fueron enviados de su éxitos y logros se les dijo, sin  embargo, que fueran y estudiaran Ifá si querían las mismas cosas.

Bààrà-baara làá g’ętì
Şónşó oríi rę loògùn     
Sónşó oríi rè legbòogi
Díá fún Ifátóóyangàn
Tíí şọmọ bíbí inú Àgbọnìrègún
Ifá tóó yangàn fọ mọ Awo
Ęni tó pé Ifá ò tóó yangàn
Kó lọ rèé kọ ’fá
Ifá tóó yangàn fọmọ Awo

Traducción:

Abundantemente, depositamos ĘTÌ
Sólo la punta de su cabeza es medicina
Sólo la punta de su cabeza es hierba
Ellos lanzaron Ifá para Ifátóóyangàn
El niño de Àgbonìrègún
Ifá es merecedor de estar orgulloso del Awo
Cualquiera que diga que Ifá no es merecedor de estar orgulloso
Déjelo ir y estudiar Ifá
Ifá es merecedor de estar orgulloso del Awo

Ifá dice que el cliente tendrá razón para estar orgulloso de los logros que ha tenido a través de Ifá. Cualquiera que es enviado de los logros del cliente también deberá ser aconsejado a remolcar el sendero de Ifá. El cliente deberá, sin embargo,  esforzarse por someterse a la ceremonia ÌTÈLÓDÙ tan pronto como sea posible


*Aqui fica bem claro quem nasce nesse Odu é um Babalawo


Solagbade Popoola ( porta voz do conselho mundial de Ifá).

Babalawo Ifagbaiyin Agboola.

sábado, 10 de agosto de 2013

Hay que endurecer, pero si perder la ternura jamás.
Hernesto Che Guevara

Qualquer uma pessoa que acesse a internet vai entender facilmente os acontecimentos envolvendo alguns membros que se dizem iniciados no ifá cubano, agredindo violentamente o babalawo tradicional yoruba, Ifágbaíyin Agboola.

A razão é bem clara, homofobia, os membros desse grupo reagiram com violência ao texto divulgado pelo babalawo Ifágbaíyin em seu blog, www.babalawoifagbaiyin.com, a onde ele admite que inicia homossexual, e mulheres como membro do ifa tradicional.

As agressões começaram a mais de um mês e atingiram proporções inaceitáveis quando na comunidade culto de ifa no Brasil, um dos integrantes postou a foto de uma moça iniciada como iyanifa, pelo babalawo tradicional, na Nigéria os membros do ifá, (babalawos) costumam iniciar mulheres como iyanifas, isso fez com que um grupo que se autodenomina membros do ifá cubano, integrantes da comunidade, no facebook, chegasse ao extremo na tarde de ontem, postando um vídeo, do casamento do babalawo, na tentativa de agredir os rituais tradicionais yorubanos.

A situação chegou a um ponto que ficou caracterizado um crime de intolerância religiosa, o babalawo Ifágbaíyin reagiu com algumas denuncias que enfureceu o grupo, que o ameaçou de morte.

As autoridades começaram a investigar os acontecimentos, do grupo que se diz cubano.

Uma religião que escolhe os seus membros pela sua preferencia sexual, é no mínimo, intransigente em relação às leis do nosso pais,

O babalawo Ifágbaíyin deixa bem claro, que não interessa a ele opção sexual das pessoas por ele iniciadas, sigo a orientação de ifá, e inicio as pessoas, que Orúnmìlà indica.

Não aceito que imagens minhas e da minha família onde faz parte minha mãe que tem oitenta e um anos, estejam sendo divulgadas dessa forma.

Minha mãe esta acamada dado à gravidade da situação ela que tem um saúde frágil do alto dos seus mais de oitenta anos, me disse (meu filho siga fazendo o seu trabalho e nunca pergunte para ninguém com eles se deitam, isso não é coisa de sacerdote).

Vou seguir fazendo o meu trabalho.


O Ifagabiyin recebeu o solidariedade e o apoio de inúmeros membro do ifá cubano, em ligações telefônicas e mensagens, haja visto que ele mesmo, começou a sua trajetória nesse seguimento, a duas décadas.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

 SEGURA AGORA MARCIO.


Texto: Babalawo Ifagbaiyin

A postura do senhor Marcio A. Gualberto da comunidade culto de ifá no Brasil é responsável pelos textos postados ofendendo, o Àràbà Awodiran e o Babalawo Ifágbaíyin, permitindo que o animal chamado Hermilio Candido que poste o vídeo do meu casamento para fazer graça, vai desencadear uma serie de fatos bem desagradáveis.

Imagino o porquê que o senhor usa desse artificio baixo e improprio para um Babalawo, a verdade vai ser contada aqui e agora è isso que os senhores merecem.

Qualifico de agora em diante tais indivíduos não como sacerdotes e sim como animais, sei a razão porque estou sendo atacado, sou bem antigo nesse meio e sei muito.

Os Babalawos do Ifá cubano devem ter vergonha desses ANIMAIS O POVO CUBANO TEM VERGONHA DESSES ANIMAIS.

Tem uma CADELA comentando o vídeo do meu casamento NA SUA PÁGINA DEVE SER DO SEU GRUPO.

Tal atitude de usar o vídeo do meu casamento para me ofender e ofender a minha mulher a minha família o Àràbà como o Ifá tradicional, vai ser tratada aqui não pelo Ifágbaíyin, ele é um Awo, quem vai falar aqui é o Ofun Oyeku membro do Ifá no Rio de janeiro.

Vou contar a primeira historia desses animais que se dizem serem sacerdotes, envergonhando o Ifá cubano.

UM BABALAWO SE APAIXONOU POR UM CLIENTE HOMOSEXUAL E NÃO SUPORTOU A ATRAÇÃO INDO PARA O MOTEL, NA BARRA DA TIJUCA, DEPOIS DE ALGUMAS HORAS DE UMA RELAÇÃO SEXUAL O DITO SACERDOTE PERCEBEU QUE PODERIA SER RIDICULARIZADO E FEZ NO ESPELHO DO MOTEL A IMPRESSÃO DO ODU OGBE MEJI POSICIONOU AS MÃOS DO HOMOSEXUAL EM CIMA DA IMPRESSÃO DO ODU E FEZ O MOÇO JURAR QUE NÃO IA CONTAR PARA NINGUÉM.

O MOÇO VIVIA DE PROSTITUIÇÃO E PEDIU DINHEIRO PARA O BABALAWO QUE NÃO DEU ENTÃO ELE DIVULGOU A HISTORIA.

Tem a segunda, a terceira e tantas outras historias que esses animais devem ouvir para entender o porquê eu me afastei do dito culto no Rio de Janeiro.

Os animais pensaram que estavam lidando com um babaca do interior, se enganaram aprendi que não se dar pérolas para porcos, então vou trata-los como animais e vou mostrar a sujeira que está embaixo do tapete.

Esperem, estamos só começando!


Vou cobrar cada minuto de tristeza de minha família com esses fatos, diretamente desses ANIMAIS.

CHEGA DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA!

Anyàn a consagração de um onilu.

O respeitado Onilu Antonio Carlos
Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola.

Tenho assistido ao longo dos anos, algumas consagrações de ogáns e fico espantado com o que vejo, já vi homens serem carregados sentados em uma cadeira através do salão como também já vi filas de orisás para se curvarem para alguém que se quer tenha agua de quartinha na cabeça, mas por ser intimo do sacerdote tem a mão beijada a cada dois minutos.

Há consagração da pessoa que vai tocar um ilu, é muito além de ser parceiro de festas, regadas por cervejas, com experientes instrumentistas.

O conhecido no Brasil como ogán, consegue o prestigio e o respeito dos adeptos do culto aos orisás, pela sua trajetória de vida, pelo seu conhecimento e pela sua habilidade para lidar com os instrumentos, considerando um dom natural para a música.

A música no culto aos orisás tem varias funções:

Um ogán deve ser feito para o seu orisá, e pode ser iniciado em inúmeros orisás, mas o fundamental é que seja iniciado no orisá Anyàn.

A iniciação em Anyàn tem varias fases, depois de uma consulta a ifá, o iniciado que primeiramente deve ser feito para o seu orisá, passa por uma cerimonia onde envolve um bori e um recolhimento com o tambor (ilu), que é alimentado com galos, frutas, inhame, eko e outros alimentos.

O ilu repousa sobre um pano branco durante três dias, posteriormente em um ritual com ou sem festa publica outros ogáns, mais antigos conduzem o ilu segurando pelo pano branco, através do salão, o instrumento até o seu novo iniciado esse depois de parabenizado prepara os instrumentos e pela primeira vez percuti sua mensagem aos orisás.

Esse ritual é muito bonito, e quase sempre se segue a manifestação de alguns orisás, que vem confirmar a veracidade desse ritual, dançando diante do novo iniciado em Anyàn, que ai sim de posse dos seus instrumentos, poderá ser chamado de “Onilu”.

Existe uma confusão entre Ayán (madeira), usada em alguns rituais para sango e a divindade dos tambores Anyàn, que na tradição yoruba normalmente é cultuada dentro de famílias dedicadas a comunicação com os orisás, através de instrumentos de percussão.

Obs: não gosto de usar a palavra ogán para definir um instrumentista, mas faço isso no momento para um bom entendimento, prefiro usar a palavra Onilu.

ORÍKÌ ONILU

(Louvando o espirito do tambor)

Iba fsa laalu, ologun ode, laaroye ago – ngo – lago, alamolamo o bata,

Eu respeito o espirito do tambor, dona da medicina da floresta, mensageiro Alamolamo o bata( tambor), mensageiros dos sons e da luz.

A fe bata ku jo lamolamo, sekete peere, sekete peere, onile erede,

Eu toco o tambor para despertar os espíritos da terra

Okunrin firifiri ja pi, okunrin firifiri ja pi, okinrin firifiri ja pi,

Para que os homens venham imediatamente, os homens devem vir imediatamente, os homens devem vir imediatamente. (responder ao som do tambor)

Okunrin de – de – de bi Orun ebako o b’elekun ni b’ekun, o mo sun ju t’elekunlo, elekun lo, elekun ns ‘omi, la aroye ns ‘eje. Ase.

Os homens ficam olhando para o céu e com a força de um leopardo os filhos que enxergam a face do leopardo, olhando as oferendas de água e sangue.

Asé

Oríkì Òrúnmìlà (Awo Falokun Fatunmbi)

Esse texto é uma homenagem ao meu querido amigo “Onilu” Antônio Carlos (Chico Toco), em respeito a uma amizade de mais de cinquenta anos, tendo em vista que meu pai carnal foi iniciado na casa do pai dele, (Tati do Bará), em 28/10/1960.

ORÍKÌ ANYÀN

(Louvando o ritmo do espirito do tambor)

Agalú asórò igi amuúnì mo ona ti a kò de ri.

Aquele que governa com a inspiração das árvores, e que recebe de maneira o que ninguém o que nunca foi visto.

Igi gogoro ti i so owó ari degbe sòjúngòbi àyàn gbé mi.

Árvore alta que produz dinheiro, aquele em bronze faz oferendas em buscando receber inspiração, me de inspiração, (faça me sentir o ritmo).

A ki i tele ó k ‘ebi o tun pa mi. Ase.

Vou segui-lo e nunca sentirei fome, (você me enriquece).

Ase.

Oríkì Òrúnmìlà (Awo Falokun Fatunmbi)




Xango/Aganju/ Arira
Sàngó / Aganjú/ Àrìrà

Texto: Babalawo Ifagbaiyin

Esse texto é dedicado a minha mãe, iniciada em Ifá, Aganju, Osun e Obatala

A diferença do orisá Sango para o orisá Aganju é da noite para o dia, um usa uma espécie de machado como ferramenta em seu assentamento e o outro uma haste de ferro.

Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Usando o ctrl + c ctrl + v = qualquer um sabe usar e copiar as palavras do Baba Google, a diferença é que na pratica tudo é bem diferente você pregar o que não faz, é muito fácil.

Estou acostumado a ver na internet pessoas que não são iniciadas escreverem sobre os mais diversos orisás, isso é muito fácil, eu posso aqui até inventar que sou um rico empresário Árabe que veio para o Brasil investir no ramo imobiliário, mas na verdade quando olho o extrato do banco, vejo que estou longe disso.

Infelizmente na nossa sociedade o papel aceita tudo, o pior não é o papel aceitar, é as pessoas terem coragem de escrever, ou copiar, e se intitularem proprietários do texto.

Já vi os meus textos serem divulgados por outras pessoas que não tem a preocupação de mencionar o meu nome, o mais terrível é que muitas delas, terminando assinando como autores, isso geram enormes confusões, vou citar aqui alguns exemplos.

Algumas pessoas escreveram que:

Oduduwa é feminino, sendo que ele é masculino.

Opara é qualidade de Osun, quando na verdade é um oruko (nome), uma forma como é conhecida Osun.
Outros escreveram que Omulu se veste com palhas, quando na verdade o orisá que se veste com palha é Obaluaye que é muito diferente de Omulu.

Poderíamos ficar aqui, escrevendo por vários dias, sobre o grande número de equívocos, encontrados na nossa religião na atualidade, em território brasileiro.

Vamos abordar a questão de Sango, Aganju e Aira.

Sango é um orisá assentado em edun ara, seu assentamento é coloca em cima de um pilão emborcado, o temperamento dos seus filhos, é o oposto ao temperamento dos filhos de Aganju que por sua vez, é assentado em okutas e uma haste de ferro, já Aira, é contração da palavra Àrìrà, que é uma saudação a Sango, os menos avisados com o habito de copiar e colar colocam tudo isso dentro de um liquidificador e batem bem e se rotulam iniciados.

O resultado de tudo isso é uma decepção enorme, um descredito, a uma religião tão bonita e tão verdadeira, e um demérito para quem se diz conhecedor, mas Olodumare é sábio colocou dentro da mente humana uma capacidade de adaptação maravilhosa, os homens só precisam serem humildes e se curvarem diante do saber, que não é deles, mas sim divino.

Oriki Sàngó
Ogbe níí bo Àrìrà mólè.
Àrìrà níí bolè.
Níí bogi oko.
Díá fún Olúkòso-làlú.
Jénrólá, omo arígba-ota ségun.
Igbà ti nbe láàrin òtá.

Ogbe é aquele que cobre os trovões da tempestade.
O feixe está cobrindo aTerra.
E cobre árvores da fazenda.
Ifá para Sàngó adivinhado.
Sàngó, que usou 200 pedras para derrotar os adversários.
Quando ele estava no meio de inimigos.








O radicalismo dentro da Religião.


Autor: Babalawo Ifagbaiyin Agboola

Algumas pessoas por desconhecerem o culto a ifá radicalizam afirmando que uma pessoa para cultuar Orunmila tenha que se converter a religião tradicional yoruba.

A pergunta que gostaria de fazer é a seguinte, um católico não pode consultar um babalawo?

Ele teria que se converter antes de consultar?

Se a pessoa não consulta como pode ter uma visão mais aprofundada?

Se um ser humano, pode dentro de seu coração, guardar sentimentos tão diferentes, com um mesmo proposito amando filhos, cônjuges, pais, trabalho, estudo e outras atividades além do seu semelhante, um católico não pode amar Orunmila?

Será que eu por ser um babalawo não posso respeitar Jesus?

Se enganam os radicais, segue abaixo o texto do odu Otura Meji, que fala que não importa a religião, todos os homens buscam as mesmas coisas, querem ser felizes, amar e ser amado.

Odu otura Meji

In the spirit of Religious Tolerance, I hereby felicitate with the muslims all over the wotld for the Eid-el Fitr from the Divine Message of Olodumare, "Otua Meji" as follows;

Baba Araba ni Baba
Baba Araba ni Baba
Eni a ba laba ni Baba
Eni a ba niwaju ti to Baba enii se
Adifa fun Baba Imole a bewu osingin lorun
Tii nsawo lo ile Hausa
Won a ni owo sa, aya sa, omo sa, ile sa, ire gbogbo alaafia
Stay blessed the moslems, christians and african traditional religionists. .(Araba Awodiran Agboola)

 Tradução Português 

No espírito de tolerância religiosa, tenho a honra de viver feliz com pessoas de outras religiões do mundo inteiro, graças a Olodumare como segue no odu Otura Meji, segue:

A pessoa com o título de Araba é um pai
O título de Araba faz um pai
A pessoa que encontramos na cabana é um pai
A pessoa na frente é bom o suficiente para ser nosso pai
Mensagem Divina revelada por um muçulmano idoso com robe elegante
Ia em missão espiritual para a terra dos muçulmanos (Hausa).
Eles oram por dinheiro, boas esposas / maridos, bons filhos, casas condizente, boa saúde e todas as coisas boas da vida ALAAFIA.

 Que fique abençoados os muçulmanos, cristãos e religiosos tradicionais africanos.(Araba Awodiran Agboola)

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Aferan  magia ou covardia?


Texto: Babalawo Ifagbaiyin

O grande numero, de pessoas atendidas por Babalawos e Babalorisas que terminam envolvidas sentimentalmente com sacerdotes, me faz pensar se o uso de aferan (magia para amor) é uma covardia com aquele que desconhece, e termina se envolvendo, ou se isso seria aceito, baseando se em um comportamento ético considerado a sociedade que vivemos.

A verdade é que algumas pessoas necessitam afastar energias negativas para que consigam ser felizes no amor.

Não acredito que o melhor caminho seja fazer um ebó para se tornar atraente, imagino que alinhando a pessoa com seu destino ela vai ter o melhor resultado, haja visto que é bastante comum pessoas afetadas por alguns tipos de magia, diretamente ligadas à questão sentimental e sexual, enfrentarem um sentimento que é muitas vezes o oposto ao amor, quando os efeitos terminam a agressividade brota e os resultados podem ser imprevisíveis.

O que eu abomino é a covardia de alguns sacerdotes que usam essas magias em seus clientes e iniciados sem que eles saibam criando uma dependência sentimental claro com outros interesses que variam do abuso sexual a vantagens financeiras.

Constantemente sou interpretado com alguém que divulga segredos nesse caso estou divulgando a minha indignação, conheço algumas pessoas que em um simples apertar de mão conseguem desenvolver a atração do sexo oposto, usando magias para isso é uma covardia e estamos conversados.

Quem quiser usar tais artifícios com certeza na calada da noite em um dialogo intimo com o seu travesseiro vai ouvir a voz interior dizer que ele é um perfeito idiota por estar acreditando que é uma pessoa interessante e atraente, quando na verdade a magia que desenvolve essa função.

Algumas dessas magias são  preparadas com o pó das asas das borboletas, no momento exato que elas copulam.

Obs: Féràn ( amar, gostar, preferir, acalentar).

Nos próximos dias vou abortar mais alguns temas referentes às magias.


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

ORIXÁ ONÃ

Onã mais um terrível erro do culto a orisá, na diáspora. 


Texto: Babalawo Ifagbaiyin

Nos últimos anos tenho atendido, vários babalorisas com problemas relativos a falta de cliente, em quase todas as casas, encontro assentamentos que infelizmente estão muito longe da sua origem, o caso de Onã é um desses.

No Brasil se conhece Onã, como sendo um epiteto de esu na verdade, Onã em nada tem haver com esu, ele é um orisá que cultuamos como intermediário na oferta de ebó, etutu, a ifá, orisá, egungun e iya mi, Onã é uma divindade que cultuamos como forma de buscar um aspecto positivo para o nosso destino ou para o destino de nossa casa.

No assentamento de Onã, que é feito com inúmeras folhas, que eu posso aqui divulgar duas, ewe mesin mesin, e ewe aje vai muito dinheiro, dendê, atare, obi e orogbo, diferente do assentamento de esu, que deve ser preparado com iyangui.

O culto a Onã é feito do lado de fora da porta do ile ase ou na residência do sacerdote, normalmente é aberto um  pequeno buraco, no chão, em frente a porta.


Esse culto é muito simples mas de grande fundamento, como o culto de outras divindades que também são bastante divulgadas, porem com informações confusas e destorcidas. 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

FUI INICIADO EM IFÁ HÁ MAIS DE VINTE ANOS


Texto: Babalawo Ifagbaiyin

Assentamento esse que me acompanha há mais de vinte anos, quando entrei na família Agboola nas véspera de entrar para o igbodu entreguei meu assentamento nas mão do Oluwo Oyeni, ele consultou ifá e me disse que estava tudo bem, em seguida pediu para o Babalawo Ifatunbi pegar folhas, logo após pediu para o Babalawo Ifalori, levar os meus Ikins e colocar nas folhas maceradas.

Perguntei para ele, o que seria feito com os meus Ikins, ele me tranquilizou e disse(vamos colocar mais ikins), seguiu os rituais, e esse momento ficou eternizado, quando o meu Oluwo deu seguimento a rituais que foram iniciados há mais de vintes anos, pelo Babalawo Ogunda Kete.

As vasilhas mudaram, mas o ifá segue o mesmo, quando fui iniciado, tive vários amigos iniciados junto comigo, um foi o famoso Babalawo do Rio de Janeiro, conhecido como Zero, guardo com carinho essas lembranças e essa foto, que faz parte do meu blog.

Ifá foi muito bom comigo, a falta de dinheiro para concluir os rituais, para que eu me tornasse um Babalawo estendeu o meu período de estudo, isso me fortaleceu bastante e contribuiu para a minha tranquilidade no exercício da função de Babalawo.

É com essa tranquilidade que vou abordar aqui algumas questões polemicas:

Na família Agboola a pessoa que faz isefá, recebe nome sim, recebe os Ikins e em algumas circunstâncias recebe também esu, existe várias formas de fazer isefá, essa cerimônia, pode em carácter especial ser feita até uma lavagem com folhas, sem que aja qualquer sacrifico de animal.

Um isefá pode ser feito, para qualquer pessoa de qualquer religião, com qualquer idade, a pessoa pode ser iniciado se é que vou se compreendido aqui, com a palavra iniciada para definir um isefa.

Qualquer pessoa que passe por essa cerimonia de isefa,na família Agboolao passa a usar, o nome da família, que quase sempre é retirado de algum verso dentro do odu enviado por ifá, naquele momento.

Ifá é para todos, um Babalawo não necessita de um oraculo para indicar um isefa, pode ser indicado para qualquer pessoa, ele dispensa a consulta antecipada, porque ele mesmo, é uma forma de consulta, consultar para consultar não tem sentido nenhum.

Se fala muito no Brasil de vendas de títulos pergunto, fazer um isefa é vender um titulo?

Fazer um isefa é uma consulta a Ifá, buscando através de ikins, uma orientação mais precisa, para aquela pessoa, diretamente através de seu próprio assentamento.

Quem faz isefa não recebe titulo nenhum dentro do culto de ifá, somente após o itefa, uma pessoa pode receber um titulo.

Deixo claro aqui, que um itefa em nossa família pode levar de três a dezessete dias, dependendo do odu que indique a cerimonia, a partir disso pode ou não, alguém ser apontado ou não para um titulo, que a pessoa com o passar do tempo demonstrar a capacidade de ostentar o mesmo.

Quando babalorisa (Romário de Osala) faleceu, esperei alguns meses e procurei a famosa Iyalorisa do Gantois Edelzuita de Obatala,  esperamos até o dia 16 de maio de 1992 quando iniciei os rituais fúnebres que foram encerrados no dia 16 de junho, data que completou um ano da passagem de meu Babalorisa, nesses rituais necessitei da ajuda de um grande amigo(Didi de Sango),depois dos rituais terminados fui encaminhado por minha mãe para o  Babálawó, cubano Awó ni Orunmilá Ifá By Omó Odu Ogunda Kete Rafael Zamor, junto com o meu Oluwo ´Wilfredo(Nelson)odi meji e meu Ojugbona João Asefe Irete kalu estava presente em minha iniciação, a irmã de meu Babalawo Iyalorisá Olga, a Iyápetebi ni Orúnmilá Omó Odu Ogbe-Yono, seu esposo Adilsom de Oxalá/Adilsom Antônio Martins, Awó Fakan Ogbe-Bara – atualmente Babálawó Ifáleke Awó ni Orúnmilá Omó Odu Ogbe-Bara, José Roberto de Souza (Awó Fakan Iwori-Otura), Claudemiro Barbosa Costa Filho (Awó Fakan Otura-Ojuane), Alberto Chamarelli Filho, Awó Fakan Obara-Kana- atualmente Babálawó Ifáladê Awó ni Orúnmilá Omó Odu Odisá, Roger Candido de Oliveira (Awó Fakan Osa-Irete) e Alexandre Araújo Cavalcante, Awó Fakan Otura-Bara.

Estou completando 21 anos de iniciado em Ifá, faço parte da primeira turma que foi iniciada em ifá no Brasil.
Para que eu fosse autorizado à iniciar outras pessoas levou mais de dezesseis anos.


domingo, 4 de agosto de 2013

ÌYÁ MI ÒSÒRÓNGÀ


Texto: Babalawo Ifagbaiyin

IYA MI, A IGNORÂNCIA OU A MÁ FÉ.

No dia 03 de outubro de 2009, no site Orishada, o Chief Ifawole Idowu Awominure, deu a seguinte declaração:

Ninguém pode dizer que foi iniciada para Ìyàámi, baseado nisso, algumas pessoas ignorantes ou com má fé, estão publicando as suas conclusões sobre esse post.

Em uma delas um senhor que se auto intitula, Mọ́gbà Ṣàngó, fala:

Sou contra e acho que mais um título vendido na atualidade! Posso não concordar?

As faltas de leis justas no nosso país levaram uma assaltante de banco, a presidência da Republica, isso caracteriza a sociedade que vivemos, qualquer um pode dizer o quer sem ser punido, ou responsabilizado por tal ato.

Vamos analisar com calma a postura desse senhor menos avisado, que nesse momento poderíamos definir como, ignorância ou má fé, mas eu prefiro descrever como pretensão.

Pretendi esse senhor em sua postagem ser intitular como conhecedor esquece ele, que só tem acesso às verdadeiras informações sobre iya mi, quem é iniciado.

QUANDO O Chief Ifawole Idowu Awominure DECLARA Ninguém pode dizer que foi iniciada para Ìyàámi, ELE ESTA COM TODA A RAZÃO VAMOS EXPLICAR AGORA COMO É FEITA A INICIAÇÃO EM IYA MI.

É claro que vamos respeitar aqui os segredos, em termos práticos, usando a mais pura propriedade da língua portuguesa, não existe iniciação para iya mi, por que compreende iniciação, como algo que nos é dado, porque não temos.

 Fato esse, que no caso de iya mi é o inverso, já nascemos com essa energia, que acontece na chamada (iniciação), ou cerimonia é a exaltação de algo que já nos acompanha desde a fecundação, do ovulo que nos originou.

Em um português que vai auxiliar as pessoas menos instruídas, vamos definir, essa cerimonia como auto iniciação, se é que podemos chamar assim, sem comprometer aqui, os segredos do culto.

Escreveu para mim esse senhor, que não quer saber nada desse culto, porque só tem coisas negativas, e que as iniciações, em iya mi, são mentiras, forma de enganar as pessoas e vender títulos.

Para as pessoas que não conhecem a Religião Tradicional Yoruba, vamos explicar à importância, do culto a iya mi, quando Orúnmìlà assume a posição de testemunho da criação ele na forma de ifá orienta sobre o destino escolhido por cada um, dentro desse contexto existem períodos positivos e negativos em nossas vidas, quem libera as forças negativas, no momento exato anteriormente escolhido por nós é iya mi, libera em forma de ajoguns, (mortes, doenças, perdas, etc.).

Se iya mi, não liberar os ajoguns o nosso destino, se descaracteriza e foge das escolhas, feitas por nós, se isso acontecesse ninguém morreria, o ser humano teria vida eterna, não seriamos humanos.
A necessidade de cultuar iya mi, através de ipese, ou imule fica caracterizada como um apelo para que os ajoguns, não sejam liberados em um momento que não seja aquele escolhido por nós, antes de vir a terra.
Se isso acontecer da origem ao que nós chamamos de acidente ou infortúnio, na verdade não é bem isso, os acidentes podem não fazer parte do nosso destino, podem vir a fazer parte de nossas vidas, provocados, por magia ou assimilados por nós em convívio com energias que não temos defesa, naquele momento para enfrenta-los.
A importância do culto a iya mi, para a preservação da vida, fica evidenciada quando tratamos de pessoas com problemas de ABIKU, através de iya mi, afastamos o ajogun iku (morte), já que sabemos que objetivo do ABIKU, quase sempre é o de abreviar a vida nessas pessoas.

É lamentável que pessoas completamente despreparadas se arvorem a dar palpite em termas que elas não dominam, não sei se defino como ignorância, má fé ou pretensão.

DESCONHECE ESSE SENHOR QUE IYA MI ESTA DENTRO DELE.






sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Resposta ao senhor Marcio Alexandre da comunidade Culto de Ifá no Brasil.


Texto: Babalawo Ifagbaiyin

Aboru aboye

Saúdo todos os membros dessa comunidade com muita tristeza, desde que o homem se conhece como civilizado, o direito de defesa é respeitado.

 Fico profundamente magoado que um texto repleto de equívocos e disparates carregado de ofensas pessoais não tenha sido permitido a minha  pessoa comentar, só depois de muitas insistência e após ter sido obrigada a deixar uma mensagem publica foi permitido que eu escrevesse a resposta para este senhor.

1-      O fato de senhor dizer que não existe mais ifá na Nigéria demonstra claramente o seu radicalismo e sua falta de informação. O governo Nigeriano permite que pessoas de todos os países visitem o território yoruba se alguma pessoa dessa comunidade acredita no que foi dito por esse senhor fica bem fácil identificar a quantidade de absurdos por ele afirmado, em território yoruba onze por cento da popolação cultua orisá é o pais do mundo que mais se cultua orisá, egungun e ifá.

2-      A falta de informação desse senhor somada a sua arrogância faz com que ele afirme que a verdade é só dele, no odu osa otura ifa explica que a verdade é Oludomare , que o único que não é contestado é Deus, até ifá é contestado no ese ifá ogbe lara, onde é perguntado ifá essa carga pesado você tem certeza que é minha?

3-       Para que ifá esclareça as duvidas existe o ibo, Orunmila é a testemunha mas escolha é feito por nós, ele só anotou ele não determinou.
4-      Em minha família qualquer Babalawo sabe explicar as perguntas primarias que esse senhor me fez, vou responder com versos de ifá ( ese ifá),não vou responder com adaptações que citam santos católicos:

-1) Perg: qual o conceito de Babalawô que se tem na Nigéria, já que o próprio nome diz Babá + Ala + Awô, significando textualmente O Pai do Segredo?   

  Resp:O conceito de Babalawo, é encontrado no odu ogbe ate, otura/ iwori, nesse odu ifá diz, que  é necessário vários Babalawos para fazer  um itefa, como o senhor vê ifá aqui é bem claro, um homem sozinho por mais que estude não é o dono da verdade.O conceito de Babalwo que o senhor precisa ouvir é esse, tira sua mascara de todo sabido e assuma a posição de um sacerdote, no odu ogbe meji, diz que por melhor que seja o Babalawo, ele nunca vai saber mais sobre a pessoa do que ela mesmo. Veja se aprenda um pouquinho de humildade com os versos de ifá que estou colocando a aqui.

 2)Perg: Como se dá o processo de iniciação de um Babalawô nas ramas nigerianas?; O que implica o surgimento de um Babalawô, como ele é gerado  

Resp: O processo de iniciação de um Babalawo na religião tradicional yoruba, envolve quarenta  e   duas cerimonias começando pela apresentação do awo a osun, e terminando num ritual onde o Babalawo lava os seus olhos e vê pela primeira vez iya odu, sei que o senhor não conhece isso porque em Cuba não tem iya odu. Como se atreve a comentar algo que o senhor nunca viu? Isso caracteriza claramente que o senhor não esta se portando como um awo, um awo deve se manter na superfície como a folho de osibata, como a folho de oju oro, não deve ter comportamentos baixos, se o senhor não sabe esse é o odu osa/irete.

3-Perg: Creio que ao nos responderem perguntas como estas, teremos condições de compreender que a moça em questão é mais uma de tantos quantos que juntaram 20, 30, 40 mil reais para se iniciar nas mãos de golpistas para absolutamente nada, pois a tradição e a teologia Yorubá não reconhecem a essência feminina na relação direta com Orunmila.

Resp:O que o senhor crê para mim não é nada.
Homens inteligentes citam as fontes, advogados mostram as provas Babalawo citam esse ifá.

O que o senhor crê para mim não é nada.

Quando fala de vinte, trinta, quarenta mil, deve esta falando de uma outra pessoa, alguém do seu meio, porque essa iniciação que o senhor menciona eu paguei do meu bolso para ajudar a pessoa que estava doente.

Falar do que não se conhece é idiotice, mencionar o que não se viu, é fofoca, relatar o que se supõe é especulação, julgar todas as pessoas pelo que se vê no espelho é nivelar por baixo.

Um texto de Ifá muito conhecido do Odu Osetura, fala da importância das mulheres, do respeito que os homens devem manter por suas esposas, filhas e por suas mães, outro texto do Odu Ofun Meji, diz que o iniciado em ifá deve ver Iya Odu e se tornar um Babalawo, já no Odu Ogbe Meji, fica claro que a principal esposa de Orunmila só pode ser cultuada por quem passou por um ritual chamado Ipanodu, será que eu preciso citar mais versos de ifá que liga a figura da mulher a Orunmila?

4) Perg:E isso não é preconceito nem machismo, mas apenas a colocação de cada um no seu lugar e representando seu papel no mundo; já que cabe à mulher toda a relação com Orixá que vai desde cuidar de Ori até raspar santo e zalr por Orixá, tornando assim, Ifá complementar ao Candomblé e vice-versa

Resp:Se isso não é preconceito e nem machismo, coloque a mão na consciência e analise quantas besteiras o senhor esta escrevendo aqui, (frase sua) Já que cabe a mulher toda a relação com o orisá desde de cuidar do ori até raspar o santo, tornando assim, ifá complementar ao candomblé e vice e versa ( o senhor consegue imaginar o tamanho da besteira que o senhor disse nessa frase?).

Ifa nunca foi e nunca vai ser complementar do candomblé, o candomblé nunca vai ser complementar a ifá, todo orisá nasce de um odu, o candomblé, é uma extensão não é um complemento, o culto ao orisá vem ao mundo posterior a criação do mesmo, que acontece no odu Okonran/ Ogunda, já o culto a orisá surge no odu osá/di, assim como o culto a egungun surge no ose/oyeku, assim como o culto a iya mi surge no culto osá meji, e muitos outros que eu poderia conversar com o senhor, mas o seu aprendizado lhe tornou o dono da verdade, só falta o senhor querer me convencer que nos tratados cubanos, ifá fuma charuto.

5)Perg: Ele inicia muçulmanos e homossexuais... não diz em que nível. Mas, aonde, meu Deus, na tradição Yorubá você inicia alguém tirando só parte do cabelo? Acredito que esteja ele falando de outra coisa que não feitura. Enfim, é de chorar.

Resp: o senhor é tão pretensioso que tem a coragem de contestar um homem que a família dele cultua ifá a mais de vinte gerações, o senhor é completamente sem noção, é desinformado, estupido, agressivo, mal educado, eu só tenho uma palavra para lhe dizer, ESTUDE.

Quando o Araba diz, que ifá pureza, ele quer dizer, que ifá não tem preconceitos na hora da iniciação, tanto é que senhor menciona na sua afirmação “...não dizem que nível” é  por que o senhor sabe que existe vários níveis, de iniciação.
Quando o senhor fala de não tirar o cabelo, respeite os seus próprios antepassados amigos e colegas no Rio de Janeiro, que iniciam varias pessoas sem tirar os cabelos.
Eu mesmo vi no Cosme Velho, na casa do Babalawo Ogunda/Kete, inúmeras iniciações sem tirar o cabelo, é evidente que o senhor sabe que estou falando de um Cubano, do homem que trouxe o ifá cubano para o Brasil, estou falando do homem mais famoso do ifá Cubano no Brasil, o homem que me iniciou junto, comigo foram iniciados mais sete pessoas, nenhum tirou o cabelo, o senhor não conhece nem o ifa Cubano?
Como ousa falar do ifá Nigeriano?

6-Perg:Homossexual pode ser iniciado em ifá?

Resp: Na cidade de Canoas mora um conhecido Babalorisa, que tem uma casa onde se cultua olookun, esse senhor é homossexual e não esconde de ninguém.

O senhor sabe quem iniciou ele em ifá?

O senhor quem assentou Olookun para ele?

Eu lhe pergunto o senhor sabe, eu sei!

FORAM DOIS BABALAWOS CUBANOS MUITO FAMOSOS.

Na calada da noite o dinheiro dos homossexuais serve para esse bando de mercenários, mas durante o dia, essas pessoas, são afastadas da religião?

Que religião é essa meu senhor?

Que descrimina, mulheres, homossexuais, que religião é essa meu senhor?

Que religião é essa que o dinheiro dos homossexuais financia o carro zero quilometro, para o Babalawo Cubano, que religião é essa meu senhor, que com o dinheiro de homossexuais financia festas em bordeis e grandes bebedeiras, na Barra da Tijuca, que religião é essa meu senhor?

Que o dinheiro de homossexuais  financia as viagens para Miami, financia a compra do terno importado, o charuto Cohiba e o melhor uísque Escoses.

Que religião é essa, que quem paga a conta não pode aparecer, que os ebós são feitos na escuridão da noite, em uma estrada secundária na mata da Tijuca.

Isso é o seu ifá?

O senhor recrimina o Araba por iniciar muçulmanos, pare para pensar um minuto no tamanho da besteira que você escreveu.

Quer dizer que para o senhor, só pode ser iniciado quem já é convertido?

O senhor se assemelha muito ao bispo da Universal, do programa de TV, que criou uma religião para ele mesmo, que criou suas próprias regras, e que obriga as pessoas a se  converterem, prometendo a sua verdade é a única.

PARA QUEM CULTUA ESU EM UMA CABEÇA DE CIMENTO.
PARA QUEM CULTUA EGUNGUN EM UMA TELHA.
CHAMA OBALUAYE DE SÃO LAZARO.
E OFERECE COCO PARA IFÁ AO INVÉS DE OBI, EU SÓ TENHO UM CONSELHO A DAR:
ESTUDE!
ODABO ( SÓ PARA ESCLARECER ATÉ LOGO).

Babalawo Ifagbaiyin.